Pessoas diagnosticadas com alcoolismo grave podem ter direito a receber um benefício do INSS no valor de um salário mínimo - atualmente R$ 1.518,00. A decisão, que pode surpreender muitos, reforça o entendimento de que o alcoolismo não é uma “fraqueza de caráter”, como ainda pensam alguns, mas sim uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Justiça brasileira.
Segundo a OMS, o alcoolismo é classificado como um transtorno mental e comportamental, devidamente registrado sob o CID-10.
Em outras palavras, o vício é tratado como uma enfermidade séria, com potencial de causar danos irreversíveis ao organismo e até incapacitar o indivíduo para atividades laborais.
Mas antes que pensem que o simples ato de levantar o copo pode garantir o benefício, é bom deixar claro: o INSS só libera o auxílio após uma perícia médica comprovar a incapacidade para o trabalho
— seja ela total (o que dá direito à aposentadoria por invalidez) ou temporária (auxílio-doença). Ou seja, não basta ser alcoólatra. É preciso que o alcoolismo gere uma limitação real e comprovada.
Ironicamente, em um país onde o trabalhador saudável muitas vezes luta anos para conseguir um benefício, quem perdeu o controle da bebida — e da vida — pode ter acesso mais rápido, desde que prove que chegou ao fundo do poço.
Fica o alerta: o álcool não escolhe classe, religião ou profissão. E quando deixa de ser lazer e vira doença, o custo é alto — para o indivíduo, a família e agora, também, para os cofres públicos.
Fonte: Canindé na Mira
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